Banana Fish 15
Como vão vocês, meus caros fãs de animes? Mais uma vez aqui estou eu para trazer-lhes outro episódio desta série que toda semana os faz se remexerem na cadeira com as cenas de ação, causam um aperto no peito com o eventual drama e para alguns às vezes faz até o coração palpitar. Que o Ash é um cara malandro que usa todas as armas que tem para conseguir o que quer nós já sabemos, e para ele a sensualidade é apenas outra arma que ele usa para fazer com que os seus inimigos abaixem a guarda. Nós vimos isso logo no segundo episódio, e tivemos outras instâncias no decorrer da série, mas este episódio é o que se pode chamar de “a cereja do bolo”, nada se compara ao que acontece nele e provavelmente nada se comparará. Acho que esse é o poder dos animes da madrugada: as crianças que tem aula no dia seguinte já devem estar em sono profundo. E como não estariam? Você pega o celular e vê que já passa de uma da manhã. Com cuidado para não acordar o seu benzinho que ao seu lado dorme tranquilamente, você se levanta sem puxar as cobertas, arrependendo-se um pouco por ter que deixar o calor dos seus braços. Você sabe que não precisaria fazer nada disso se colocasse o anime para gravar, mas todos sabem que fãs de verdade assistem aos episódios quando vão ao ar. Sem escolha, você atravessa o quarto ao som da respiração da sua paixão e cuidadosamente fecha a porta, dando fim a qualquer som senão a voz ensurdecedora do silêncio da calada da noite. Ao passar pela porta do quarto do seu filho, você a abre o bastante para ver se há vida lá dentro, e após se certificar de que a única movimentação é a do lençol que sobe e desce ao ritmo da respiração da criança, você a fecha e então começa a tatear até a sala, já que os seus olhos ainda não se acostumaram totalmente à escuridão e sem poder ligar as luzes, você tenta identificar o que está à sua frente apenas pelo formato que as luzes da rua traçam quando atravessam as cortinas da janelas. Quando enfim consegue alcançar o seu destino, você liga a TV, segurando o botão de abaixar o volume logo após pressionar o botão para ligá-la, afinal, você não sabe em que volume ela estava e à noite é como se os sons de repente ficassem dez vezes mais altos em comparação ao dia. Depois de achar o canal, aos poucos você aumenta o volume, e já que você está logo em frente à tela, não é preciso aumentar muito. Contando os minutos, você espera até o episódio começar, e quando acaba, você reconhece que todo o esforço que fez para ser furtivo não foi sem motivo. Como o caminho de volta não envolve riscos, você retorna ao seu quarto como se tivesse apenas acordado de madrugada para usar o banheiro e mergulha debaixo dos lençóis, onde volta para os braços do seu bem-querer. “Hum… Algum problema, amor?” Ela pergunta, um tanto trôpega de sono, ao notar a sua movimentação na cama. “Não é nada, querida.” Você responde, dando-lhe um beijo na testa, o que a faz se aconchegar em seus braços e juntos, vocês retornam ao mundo de Alice, perdendo-se em sonhos. Em suma, como sempre, o episódio desta semana está muito bom, tanto que podem até fazê-los fantasiar bobagens como eu acabei de fazer, pois o que temos aqui não se vê todo dia. E antes que eu me esqueça, este devaneio é dedicado à Tomoko. Ela me ensinou que quando nossa realidade está longe do ideal, tudo que você precisa fazer é parar e imaginar um pouco, e mesmo que a realidade esteja boa, ainda sim pode ser divertido parar para fantasiar um pouco.
Sei que me prolonguei demais, mas antes de ir, só quero dizer que atualizei a tradução do encerramento. Como havia dito na semana passada, os japoneses só acham que sabem falar inglês, porque o sotaque deles é capaz de fazer até um falante nativo da língua se confundir. Depois de perceber que eu havia entendido errado, eu corrigi duas linhas no encerramento, então se vocês chegarem a notar a diferença, saibam que este é o motivo. Por enquanto é só, aproveitem o episódio e até a próxima semana!