Yakusoku no Neverland 10
“Ao pegar a pedra enlameada, Ibuki a pressionou contra o nariz e a cheirou curiosamente. Aparentemente decidindo que não era comida, ela a jogou para o lado casualmente e continuou a cantarolar.
Quando o mundo se torna cada vez mais distorcido à sua volta, aqueles que não conseguem se curvar simplesmente se partem.”
Tudo bem com vocês, pessoal? O fim de semana está chegando e aqui estou eu trazendo o décimo e antepenúltimo episódio de Yakusoku no Neverland. Estamos entrando na reta final e o prólogo ao desfecho desta incrível história começou de forma arrepiante. No decorrer dessas últimas quatro temporadas, eu fiz diversas menções e referências a diversos tipos de animes nos posts em que eu escrevi, mas desta vez a frase que vocês podem ler no print acima resume perfeitamente um ponto recorrente em Yakusoku e que mais uma vez é tocado neste episódio. Se vocês ainda não viram Grisaia no Kajitsu, saibam que apesar de o anime não chegar aos pés da VN (que é de onde vem a imagem acima), mesmo assim vocês estão perdendo uma ótima história. Para dar um pouco de contexto à citação, no passado, quando a Amane, uma das personagens principais da série, estava no fundamental, ao voltar de um acampamento de treino com os membros do clube de basquete da sua escola, ela sofre um acidente e todos acabam caindo de um penhasco dentro do qual ela passa as piores semanas de sua vida. Com pouca comida, colegas feridas e o crescente estresse da situação aliado ao ambiente hostil à vida humana no qual se encontram, a Amane é forçada a assistir impotentemente enquanto suas amigas pouco a pouco vão perdendo a sanidade, ou o que é pior, a sua humanidade. Frente a isso, essa frase resume a situação perfeitamente. Algumas pessoas têm a flexibilidade de um bambu enquanto outras são tão flexíveis quanto um galho. Quando a vida coloca um pouco de estresse nelas, quem vocês acham que se parte primeiro? Apesar disso, não importa o quão flexível você possa ser, a menos que a sua situação ou o mundo ao seu redor mude, você continuará tão distorcido quando o mundo que o cerca, e só porque você conseguiu se adaptar à realidade na qual você se encontra não quer dizer que a mesma se tornou válida ou certa, quer dizer apenas que você “não se partiu”, mas está vivendo uma existência distorcida. Neste episódio, essa questão é posta em evidência em dois momentos distintos: quando o Norman faz uma certa pergunta à Isabella e quando a mesma tem uma conversa com a Emma, sendo este segundo momento, na minha opinião, incrivelmente bom – é só vocês prestarem atenção no que ela diz e como ela diz. Sinceramente, eu podia fazer toda uma discussão filosófica acerca desse assunto que Yakusoku traz de forma sutil e despretensiosa, mas no final do dia, tudo que nós queremos é apenas ouvir uma boa história. Mesmo assim, eu acho válido fazermos reflexões como essa, então sem me aprofundar mais nesse assunto, permitam-me apenas fazer-lhes a seguinte pergunta: embora seja impossível viver na realidade sem nos “curvarmos” um pouco, o quanto a realidade de cada um de nós nos distorce?
Espero que aproveitem mais este excelente episódio e torcendo para que sejamos capazes de conter nossa ansiedade, espero vê-los em breve com o próximo. Até lá!
Obrigadão mesmo, comecei a assistir anteontem por aqui e meu Deus que anime, parabéns pelo trabalho magnânimo que vocês estão fazendo!! *o*
Fico feliz de saber que você está curtindo e que eu não sou o único a achar este anime incrível. Quero dizer, pelo quanto eu me empolgo em cada post, acho que minha paixão fica meio evidente. 。(*^▽^*)ゞ